Pelo direito de prejudicar as próprias artérias.... e rápido

Ok!

Depois de muito meditar no Himalaia, retornei antes que o capitão ordenasse mais 40 flexões XD.

Iniciando os trabalhos, vou falar sobre uma pulga bem rechonchuda localizada atrás da minha orelha: Porque diabos, os fast-foods locais insistem em dar preferência para encomendas, fazendo-nos (cidadãos que não têm mais nada pra fazer na vida e preferem comer in loco) aguardar o tempo equivalente ao preparo de uma sopa de capeletti (desde a massa)?

Velhanópolis/Veracity sofre desse mal drasticamente, e se tu és como eu e não consegues esperar nem pela própria mãe por mais de 10 minutos, vais entender minha posição.


É fato que, graças à correria doida de cada dia, os fast-foods têm se tornado cada vez mais úteis como complemento alimentar em momentos de extremo pânico moderno (não significa que isso seja saudável).


Mas convenhamos, o que é mesmo fast-food? Exatamente o que a tradução diz: comida rápida ^~. E porque caro amigo colono, nós procuramos este tipo de recurso? Entre vários outros motivos (preguiça, a mulher/mãe não quer cozinhar, não sabe nem ferver água, tem medo de fogo, etc) o principal é justamente a falta de tempo para esquentar a barriga no fogão.


Dito isso, visualizemos a seguinte cena: Kiddo, sem tempo para cozinhar e morrendo de fome, resolve ir a um suposto fast-food para ocupar seus sucos gástricos e entupir as artérias. Ela também tem um compromisso 1 hora mais tarde e pensa: “Lá eles preparam o lanche rápido, como em meia hora e acho que consigo chegar uns minutinhos antes.”. Chegando lá (mas que vergonha) passa o tempo e pessoas que chegam depois são atendidas antes, sacolas com encomendas saem para todo lado, motoboys carregam suas mochilas com entregas, e 40 minutos depois o simples lanchinho é entregue. Kiddo se obriga a comer em 10 min para conseguir cumprir seu compromisso, sofre uma séria indigestão por comer rápido e de mau-humor e certamente, [murphy on] ainda chega 5 minutos atrasada por demora de atendimento no caixa [murphy off].


Aí surgem milhões de desculpas esfarrapadas, sendo que incrivelmente, todas elas podem ser resolvidas com a contratação de mais pessoas. Se acontecer em um dia de estabelecimento realmente cheio, tudo bem, eu até agüento esperar 20 minutinhos. Mas como explicar as várias encomendas saindo enquanto esperamos o nosso lanchinho?


Não me entenda mal caro leitor, não penso que um deva ser atendido antes ou depois, o ponto em questão é: será que separar a cozinha em setores e administrar a simultaneidade entre eles não resolveria o problema?


Pensai caros empreendedores, lede um pouco e buscai atualização.


Assim a Kiddo e todo mundo poderão lanchar tranqüilamente e a bufunfa entra no caixa sem precisar promover preços abusivos (sim isso foi uma petada).


Enfim, terminou a eleição...

Opinião é exatamente igual ao orifício no final do intestino grosso, cada um tem o seu. A grande diferença é que, uma opinião bem formada pode influenciar as outras. Quanto ao cu, não há muita escolha.

Terminou, finalmente, essa lenga lenga toda de eleição. Domingo com cara de velório, família unida votando, as nonas fazendo tricot na fila, os mesários se fodendo... essas coisas de sempre. Neste ano a baderna foi menor, pois só tínhamos um candidato a prefeito. Mas este tópico requer um novo parágrafo.

Não que o Waldemar seja má pessoa. Não o conheço pessoalmente e posso dizer que não acompanhei seu primeiro mandato de perto. No fim, ele me parece um prefeito sem sal nem açúcar, alguém digno de uma nota escrita, nada mais. Afinal, coisa que este povo colono ainda não aprendeu, o fato de fazer estradas, pontes, ruas, cargas de brita, bueiros, trevos, asfalto, encanamento e todas essas porras, se deve às secretarias (obras, planejamento, whatever), e não ao prefeito. PAREM DE CLASSIFICAR O MANDATO DAS PESSOAS PELAS OBRAS QUE FAZEM! E antes que alguém pergunte como deveria classificar, eu peço que vá aprender o que o prefeito faz durante o dia. Não estou defendendo o cara, apenas mostrando minha indignação com essa colonada.

Enfim, continua o Waldemar. Uma nota importante: Dos 15151 votos para prefeito apurados em Veranópolis, 5118 foram nulos ou brancos, o que é uma parcela respeitável. Algum motivo deve haver para tal fato. E se eu pudesse pedir ao prefeito que exercesse seu poder e decretasse algo, pediria que parasse de comprar coisas e exibi-las na praça da igreja matriz, em frente ao Banrisul. Atitude ridícula e extremamente pretensiosa.

Vereadores. Que lástima.

Dos eleitos, poderíamos apontar dois ou três que não compraram votos. MALDITOS SEJAM OS FILHOS DA PUTA QUE VENDEM O VOTO! Por culpa deles, uma maioria de pessoas com caráter duvidável vão ocupar a nossa câmara de vereadores pelos próximos quatro anos. E como o povo (Brasileiro, em geral) é "inocente" e BURRO, vamos beber e jogar futebol enquanto eles ganham um dinheiro extra (quantia nada pequena) para se fazerem de corpo presente nas reuniões da câmara, todas as quartas-feiras a noite. Segue a lista dos nossos queridos representantes por lá:

1 - 10300 - LUCIANO RUSTICK
2 - 11666 - CELITO BORTOLI
3 - 15323 - IRINEU MACHADO
4 - 14111 - MOISES PERTILE
5 - 15888 - ALICE PERUFFO
6 - 11600 - EDGAR CENCI
7 - 40000 - JUCI
8 - 13013 - PERACCHI CARTEIRO
9 - 14567 - NELSON DOMENEGHINI

Façam as suas apostas, caros colonos. Em quatro anos, pelo menos 80% da população não vai lembrar em quem votou nesta eleição. 20% já nem lembram hoje, pois estavam bebados quando votaram. E pelos próximos 4 anos, ouviremos várias reclamações infundadas, normalmente contra "o sistema", e mais uma eleição virá, e tudo começa outra vez.

Como eu adoro morar em Veranópolis.



Obs.: A Kiddo está passando por uma crise criativa e foi para o Himalaia entrar em contato com seu animal totêmico. Logo ela volta e o pelotão inteiro vai pagar 40 flexões pelo post pulado. :)

Homens de Perto - Versão Colônia

Bueno. Domingo tranquilo em Veranópolis, todos em casa, churrasco, faustão, gre-nal, corrida de F1. Um clássico domingo na colônia.

Durante a semana, fui agraciado com a grande notícia sobre uma peça de teatro na SOAL, mais especificamente a peça Homens de Perto. Como bom gaúcho mais ou menos informado, conhecia os comerciais e já havia lido uma que outra resenha sobre o espetáculo. Todas positivas, aliás. Fui lá ver então, o que iria acontecer.

Como tudo o que acontece em Veranópolis tende a ser diferenciado, a hora marcada (20:00) não foi respeitada, em prol de uma babação de ovo ridícula em torno de secretaria da cultura, vice-prefeito e a putaquepariuseiláquem. Convenhamos, pessoas! Essa lorota todo mundo tá cansado de saber! Eu estou POUCO ME FODENDO para o que o vice-prefeito deseja falar. No dia em que ele aprender a falar algo que preste, talvez. Aí o apresentador convoca uma dança, que acaba em samba. AH, MAS VAI PRO INFERNO! A peça atrasada e o cara me sai com uma dessas... paciência, paciência, somos homo sapiens sapiens. OK, nem todos.

Finalizado esse besteirol, começa a peça. Eu poderia resumir toda a resenha em poucas palavras: QUE FODA! Definitivamente, há uma cratera lunar entre você ser um ator/atriz de teatro wannabe (Alô, "Tem gente no palco"!) e você ser um monstro que detona tudo. A peça se extendeu durante mais ou menos 1h e 30min adiante, que eu não percebi passar. Oscar Simch, Rogério Beretta e Zé Victor Castiel desmontaram o público, em interpretações fodásticas, hora de personagens, hora de si mesmos. Absolutamente ninguém saiu da SOAL sem sentir um pouco da energia que os atores passaram. CARA, QUE FODA! Outro destaque da peça foi a atriz convidada Sophia Schul, que interpreta uma contra-regra in-stage, pra lá de bizarra. Que idéia!

Para falar sobre a peça sem lançar spoilers, são três personagens que versam sobre suas vidas, sobre seu finado colega Honório e tudo mais. Toda a extensão do espetáculo é usada para divagar sobre as várias situações em que se metem, utilizando incontáveis referências a assuntos atuais, cultura POP e principalmente, cultura gaúcha. Destaque para a habilidade sobrenatural dos atores com os improvisos, claramente visíveis e não por isso menos deliciosos que as piadas de roteiro. A equipe responsável pelo som e pelos efeitos de luz também merece honrarias.

Mas a cena mais sem noção da noite ainda estava por vir. Terminado o show, os atores despediram-se do palco e saíram. Ligam-se a luzes, e o público vai embora. Certo?

Certo! Nada mais certo que isso. Já eram 22:30, mais ou menos, a colonada queria ir embora! Afinal, já havia terminado...

Neste momento sobe o apresentador no palco, enquanto metade do público se dirigia para a saída, ele convoca a todos que permaneçam no recinto! hahhaha! Todos, sem entender muito, se aglomeram no fundão da SOAL e ficam aguardando o que iria acontecer. Então o apresentador revela que eles pretendem entregar troféus (!) aos atores e diretores (!) em honra a qualquer coisa que ele disse, que também não lembro no momento. O diretor, sem entender muita coisa, revela que os atores estão, no momento, sem condições de receber os tais troféus (é, não avisaram!) e que ele vai receber por todos. Então ficaram lá, Nestor Monastério, sem saber o que fazer, recebendo os troféus de todos (que deveriam estar tomando banho, enchendo a cara, whatever...). Lamentável!

Enfim, eventos como este ocorrem a cada volta e meia em nossa querida colônia, precisamos aproveitar sempre, ou arcar com custos de deslocamento para um centro maior, como Caxias ou Porto Alegre. Mesmo que muito mais da metade das pessoas que estavam lá não tenham engrandecido em nada sua ínfima cultura, a iniciativa foi muito válida. Palmas para quem teve a idéia de levar um teatro de verdade para Veranópolis. Vaias aos organizadores, que aprontaram tais traquinagens.

Um pequeno passo... um grande salto... !

Era uma vez na colônia... uma menininha que adorava ler livros e assistir filmes. Mas esta doce menininha não tinha muitas opções para fazer o que mais gostava, já que vivia em uma pacata cidade de interior, sem muitas novidades ou atrativos.

A menina cresceu e continuou sonhando e acreditando que um dia, se ela não o fizesse alguém iria iniciar uma cadeia evolutiva no sentido cultural de sua cidadezinha tão amada.

Eis que, caros amigos colonos, a ex-menininha que vos fala, finalmente tem seu momento de glória literária, e vem a vós para iniciar sua participação neste recanto de idéias falando sobre um fato histórico: Veranópolis tem sua primeira real livraria! A Confraria das Letras!

Isso mesmo, pode parar de esfregar os olhos, tu não leste errado.

Obviamente minha identidade secreta não resistiu e esteve por lá, observando todos os menores detalhes ^~. Entre a decoração aconchegante, o acervo variado, o café glorioso e o atendimento de primeira não sei o que escolher para começar.

            O lugar parece uma sala de estar gigante, confortável e extremamente convidativo a pegar um livro da estante arrumada elegantemente sem compromisso, sentar-se no sofá do canto de leitura e ficar ali viajando entre as páginas um dia inteiro. Entre os detalhes, destaque ao gramofone que mesmo sem funcionar, cria um ar tranqüilo e musical.

            Como se não bastasse, ainda podemos contar com variedades de bebidas requintadas, porém simples e financeiramente acessíveis. Junte à cena de cima uma bela xícara de capuccino. Perfeito não?

Mas o que mais impressionou (e o que geralmente deixa a desejar em muitos estabelecimentos comerciais) foi o atendimento. Mas como definir um bom atendimento? Simples. Some a simpatia, o conhecimento do acervo, o gosto pela leitura e orgulho pelos resultados, e coloque o total dentro de um atendente. Feito o Carreto!

 

P.S.: Ainda não acredito que saí de um lugar sem ter formado uma crítica negativa. o.O’.

Habemus colônia

Iniciando os trabalhos por aqui...

A idéia do blog surgiu como quem não quer nada, em uma viagem de rotina. Entre uma árvore e outra de nossa conhecida serra, ocorreu que um meio de comunicação SEM RÉDEAS não existia em Veranópolis. Até hoje.

Neste blog escreveremos sobre nosso querido e pacato vilarejo, que já conta com 22.000~ pessoas. E mesmo assim não passa de uma grande colônia, um grande povoado ao redor de uma capela, exatamente como é Bento Gonçalves, Caxias do Sul e arredores, cidades enormes que não passam de colônias hi-tec. Assim, escrevemos diretamente from colônia.

Somos pessoas simples, sem grandes méritos materiais, mas com uma bagagem cheia de conteúdo cultural para oferecer. NÃO guardamos pena do que é ruim, nem elogios para o que é realmente bom.

Eu sou Hattori Hanzo, nome herdado de uma figura histórica do japão, filho de Hattori Yasunaga, conhecido por ter sido um ninja do clã Tokugawa, feroz lutador em batalhas. Honra pela menção do personagem no filme Kill Bill.

Leiam, opinem, critiquem, tomem mais uma cuia. A diversão está apenas começando!